quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Libertadores: final em campo neutro

Lucas Uebel/ Grêmio FBPA


Além de estender a duração da Libertadores já em 2017 (de fevereiro a novembro), a Conmebol acena com a possibilidade de a final da competição ser disputada em jogo único e campo neutro.

A ideia em si não é ruim. Traz um novo tempero e equipara as forças em uma decisão.

Aumentar o número de datas também é bom negócio, pois dá um espaçamento maior dentro do confuso calendário sul-americano.

São ideias que vêm diretamente da Liga dos Campeões da Europa.

O único cuidado é não achar que tais medidas farão da Libertadores um sucesso sem precedentes.

Um grande campeonato é fruto de organização exemplar, o que gera interesse nos patrocinadores e garante mais recursos financeiros.

A Libertadores já possui o seu charme. A marca tem a sua força. Falta, sim, qualidade e competência de gestão.

A América do Sul não precisa de uma Champions genérica.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Cadastrar torcedores acaba com a violência?

Na última semana, a Comissão de Educação do Senado debateu a violência nos estádios.

Uma das propostas levantadas foi a criação de um banco de cadastro de torcedores.

A medida visa incrementar medidas de segurança já previstas no Estatuto do Torcedor.

Representantes das uniformizadas estiveram no encontro e discursaram contra a criminalização dessas entidades.

Opinião deste blog: se estamos longe da solução do problema, ao menos o debate está ocorrendo.

Cadastrar torcedores é algo que pode funcionar muito bem, mas trata-se de mais uma medida que precisa ser colocada, de fato, em prática.

Leis já temos muitas, basta serem cumpridas.



Acompanhe abaixo matéria completa da TV Senado:


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Arenas multiuso: entre shows, buracos e fiascos

Foto: Twitter/Rádio Globo


Para serem viáveis financeiramente, as arenas brasileiras precisam ter um uso mais amplo.

Ou seja: além do futebol, esses locais têm que receber outros eventos para que garantam lucratividade ou, ao menos, não deem prejuízo.

O problema é que a realização de shows, por exemplo, prejudica e muito os gramados.

Nessa semana, uma imagem aérea feita pelo repórter Emerson Rocha, da Rádio Globo, mostrou uma verdadeira cratera no meio do campo do Maracanã.

O buraco foi aberto para a realização da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos (ou Paraolímpicos, enfim).

São 6,5 metros de comprimento, 4 metros de largura e cerca de 2 metros de profundidade.

O gramado do Allianz Parque, do Palmeiras, também sofre com os constantes shows por lá. Mas os administradores do estádio lucram.

Já a Arena Corinthians mantém o campo intacto sem conseguir, contudo, os mesmos ganhos.

Quem parece ter encontrado o ajuste ideal foi o Atlético-PR, que substituiu o gramado natural pelo artificial e ainda conta com teto retrátil.

A Arena em Curitiba já recebeu eventos diversos - como MMA e vôlei - e mostra que esse modelo pode ser o melhor caminho para um projeto sustentável.

O que fica é o alerta para outros clubes que sonham em ter seu novo estádio: antes de entrarem de cabeça na ideia, avaliem o melhor projeto, pois o sonho pode custar caro.